sábado, 10 de dezembro de 2011

Morreu, às 14 horas desta sexta-feira (9), no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador, Bahia, o grande mestre de Capoeira Angola, João Pequeno, discípulo de Pastinha, o eterno Mestre Pastinha.
Mestre João Pequeno completaria no próximo dia 27, 94 anos de vida, uma vida de labutas, lutas, conquistas e arte. Arte que herdou dos ancestrais africanos e do seu grande mestre, o Pastinha, de quem recebeu o encargo de levar adiante, em sua Academia, os ensinamentos da Capoeira Angola.
A morte de Mestre João Pequeno é uma perda irreparável para a Capoeira na Bahia e no Brasil. Era ele o maior diplomata desta arte. Ganhou fama e notoriedade com seu talento e capacidade para transmitir os fundamentos dessa arte, síntese de luta e dança. Viveu toda a sua vida na Bahia, como seu antecessor, o Mestre Pastinha, morto há 30 anos.
João Pereira dos Santos
João Pereira dos Santos
Em 27 de dezembro 1917 nasceu em Araci no interior da BahiaJoão Pereira do Santos, filho de Maria Clemença de Jesus, ceramista e descendente de índio e de Maximiliano Pereira dos Santos cuja profissão era vaqueiro na Fazenda Vargem do Canto na Região de Queimadas. Aos quinze anos (em 1933) fugiu da seca a pé, indo até Alagoinhas seguindo depois para Mata de São João onde permaneceu dez anos e trabalhou na plantação de cana de açúcar como chamador de boi, então conheceu Juvêncio na Fazenda são Pedro, que era ferreiro e capoeirista, foi aí que conheceu a capoeira.
Aos 25 anos, mudou-se para Salvador, onde trabalhou como condutor (cobrador) de bondes e na construção civil
como servente de pedreiro, pedreiro, chegando a ser mestre de obras. Foi na construção civil que conheceu Cândido que lhe apresentou o mestre Barbosa que era um carregador do largo dois de julho, Barbosa dava os treinos, juntava um grupo de amigos e nos finais de semana ia nas rodas de Cobrinha Verdeno Chame-chame.
Inscreveu-se no Centro Esportivo de Capoeira Angola, que era uma congregação de capoeiristas coordenada pelo Mestre Pastinha.
Desde então, João Pereira passou a acompanhar o mestre Pastinha que logo ofereceu-lhe o cargo de treinel, isso foi por media de 1945, algum tempo depois João Pereira tornou-se então João Pequeno.
No final da década de sessenta quando Pastinha não podia mais ensinar passou a capoeira para João pequeno dizendo: “João, você toma conta disto, porque eu vou morrer mas morro somente o corpo, e em
espírito eu vivo, enquanto houver Capoeira o meu nome não desaparecerá”.
Na academia do Mestre Pastinha, João Pequeno ensinou capoeira a todos os outros grandes capoeiristas que dali se originaram e mais tarde tornaram-se grandes Mestres, entre eles João Grande, que tornou-se seu Grande parceiro de jogo, Morais e Curió.
Foi aconselhado pelo Mestre Pastinha a trabalhar menos e dedicar-se mais a capoeira. Embora pensasse que não passaria dos 50 anos percebeu que viveria bem mais ao completar tal idade.
Tendo que enfrentar a dureza da cidade grande João Pequeno também foi feirante, e carvoeiro chegou a ser conhecido como João do carvão, residiu no Garcia, e num barraco próximo ao Dique do Tororó.
Sua primeira esposa faleceu, mas, um tempo depois conheceu Dona Mãezinha no Pelourinho, nos tempos de ouro da academia de seu Pastinha, constituíram família, e com muito esforço construíram uma casa em fazenda Coutos,
Lá no subúrbio, bem longe do Centro onde foram morar e receber visitas de capoeiristas de várias partes do mundo.
Para João Pequeno o capoeirista deve ser uma pessoa educada “uma boa arvore para dar bons frutos”. Para quem a capoeira é muito boa não só para o corpo que se mantém flexível e jovem, mas também para desenvolver a mente e até mesmo servir como terapia, alem de ser usada de várias formas, trabalhada como a terra, pode-se até tirar o alimento dela.
João Pequeno vê a capoeira como um processo de desenvolvimento do indivíduo, uma luta criada pelo fraco para enfrentar o forte, mas também uma dança, cuja qual ninguém deve machucar o par com quem dança, defende a idéia que o bom capoeirista sabe parar o pé para não machucar o adversário.
Algum tempo após a morte do mestre Pastinha, em 1981, o mestre João Pequeno reabre o Centro Esportivo de Capoeira Angola ( CECA ) no Forte Santo Antônio Alem do Carmo(1982), onde constitui a nova base de resistência, onde a capoeira angola despontaria-se para o mundo, embora encontrando várias dificuldades para manutenção de sua academia, conseguiu formar alguns mestres e um vasto numero de discípulos.
Na década de noventa houve várias tentativas por parte do governo do estado em desocupar o forte Santo Antônio para fins de reforma e modificação do uso do forte, paradoxalmente em um período também em que foi amplamente homenageado recebendo o titulo de cidadão da cidade de Salvador pela câmara municipal de vereadores, Doutor Honoris Causa pela universidade de Uberlândia, e Comendador de Cultura da República pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
”É uma doce pessoa” é o que afirmam todos que tem a oportunidade de conhecer o Mestre João Pequeno, cuja simplicidade, a espontaneidade e o carisma seduz a todos que vão até o Forte Santo Antonio conferir suas rodas, é um bricalhão, mas que também não deixa de dar uma baquetada nos que se exaltam e esquecem dos fundamentos da brincadeira e da dança.
Mestre João Pequeno
Mestre João Pequeno
A festa anual comemorativa de seu aniversário é um verdadeiro evento espontâneo da capoeira, onde se realiza uma grande roda,com a participação de vários mestres e membros da comunidade capoerana.
Alem de ser de impressionar a todos que tem a oportunidade de vê-lo jogar com a sua excelentíssima capoeira emandigagem, João Pequeno destaca-se
como educador na capoeira, uma autoridade maior na capoeiragem de seu tempo, um referencial de luta e de vida em defesa da nobre arte afrodescendente.
Bibliografia:
Santos, João Pereira dos. Mestre João Pequeno, Uma vida de Capoeira.
Em 1970, Mestre Pastinha assim se manifestou sobre ele e seu companheiro João Grande: “Eles serão os grandes capoeiras do futuro e para isso trabalhei e lutei com eles e por eles. Serão mestres mesmo, não professores de improviso, como existem por aí e que só servem para destruir nossa tradição que é tão bela. 
A esses rapazes ensinei tudo o que sei, até mesmo o pulo do gato”.
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fonte;portal da capoeira

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Roda toda 1ª sexta feira de cada mes

O grupo de Capoeira
Guerreiros do Abaete


Está promovendo roda de capoeira toda 1ª sexta feira de cada mês as 19:00, na praça do centro de Rib. das Neves
Com o intuito de divulgar o trabalho sócio educativo realizado nas regiões. Com a coordenação do Mestre Dentão (Joas)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ENSINO DO MESTRE BIMBA

BATISMO

O  batismo  foi desenvolvido pelo Mestre Bimba ao calouro, que seria o seu 1º contato real com uma roda de capoeira, nestas ocasiões o aluno joga com mais de um formado e ao final do jogo recebia seu nome de capoeira  ou apelido de guerra, que a partir desta data o acompanhará por toda sua vida, ou enquanto estiver ligado á capoeira.Neste jogo o calouro deve mostrar o que aprendeu durante o tempo em que foi treinado.
Na época do Mestre Bimba, o calouro recebia também um lenço de seda que deveria ser usado no pescoço pelo aluno. Segundo a tradição o lenço deveria ser usado para o aluno se defender das navalhas dos adversários, já que pela leveza do tecido as navalhas deslizavam com facilidade, evitando assim que o capoeirista fosse atingido. Isto influenciou o sistema de graduação (cordas, cordões) que seguiam as combinações das cores da bandeira brasileira.
É o momento em que o iniciante da capoeira joga pela primeira vez na roda de capoeira com o acompanhamento de instrumentos. No batizado, o mestre escolhia o formando que jogaria com o calouro e então fazia o toque do São Bento Grande, toque característico da capoeira regional. Para isso o calouro era colocado no centro da roda, onde o mestre escolhia um apelido para ele. Após esta definição o “nome de guerra”. Depois de definido o nome de guerra o mestre mandava o calouro pedir a “benção” do padrinho, que ao estender a mão recebia uma benção que o jogaria no chão. E sem dúvida o mistério do Mestre Bimba era fundamental para a construção do processo da capoeira Regional baiano que definitivamente entrou no mas alta sociedade da Bahia.
Você tinha que ser um aluno do mestre Bimba até nos momentos de festa e ficar sempre atento a tudo e a todos. Ser aluno de Mestre bimba era o maior privilégio, pois o Mestre Bimba era um pai para todos.
A cerimônia iniciava com uma roda de formados antigos para que as madrinhas e os convidados pudessem ver o que era a Capoeira Regional. Mestre Bimba ficava ao lado da bateria que era formado por um berimbau e 2 pandeiros, comandando a roda e cantando músicas características da capoeira regional. Ao final da roda o mestre chamava o orador que geralmente era um formado mais antigo para falar um breve histórico da capoeira regional, e sobre a vida do mestre.
Após o histórico, o mestre entregava as medalhas aos paraninfos e os lenços azuis (graduação dos formados) as madrinhas. Os paraninfos colocavam a medalha do lado esquerdo do peito do formado e a madrinha colocavam os lenços no pescoço dos seus respectivos afilhados. Daí os formados realizavam alguns movimentos demonstrando a sua habilidade e competência.
Vários mestres contam que o orador da Turma do Mestre Bimba tinha que estudar um pouco sobre a capoeira regional e quando não o fazia no primeiro momento o Mestre Bimba dizia: (tá bom...) isto era um sinal de que o orador não sabia de nada, mas nada mesmo... então, era retirado da linha de frente para não estragar a festa. Assim era o Mestre Bimba cheio de mistérios com a sua Regional.

ESPECIALIZAÇÃO

Este curso tinha a duração de 03 meses, sendo 2 meses no centro de cultura física e 01 mês nas matas existentes na chapada do Bairro do Rio Vermelho. Era um treinamento de guerrilha onde aconteciam emboscadas, armadilhas etc. consistia em submeter o formado á situações inusitadas onde ele poderia efetuar a defesa de 03 pessoas para ver como ele ia se sair, podia existir até mesmo fazer defesa de uso de armas.
Finalizado o curso o mestre Bimba realizava uma outra festa para os novos especializados e estes recebiam o lenço vermelho que representava a nova graduação. O aluno após formar-se tinha a obrigação de pendurar um quadro com a foto do mestre, do padrinho, do orador e a própria foto.
Sem dúvida que Mestre Bimba pensava muito longe com a capoeira regional com todo esse processo de organização e estruturação do trabalho maravilhoso que ele desenvolveu não podemos deixar de respeitar sua inteligência.


fonte : site capoeira mestre Bimba

terça-feira, 4 de outubro de 2011


Manduca da Praia

Manduca da Praia, foi conhecido e temido pela policia e pelos próprios capoeiristas. Auto, forte de barba e cabelos ruivos, viveu por volta de1850, demonstrando superioridade a todos os capoeiristas daquela época no Rio de Janeiro, mesmo sendo uma época em que viveram terríveis capoeiristas como, por exemplo: Aleixo Açougueiro, Quebra Coco, Pedro Cobra, Bem-te-vi, Mamede e muitos outros.

Desde cedo Manduca já demonstrava agilidade saltando touros bravos, como também, no uso do punhal, da navalha e do Petrópolis, que é uma comprida bengala de madeira-de-lei, companheira quase que inseparável de Manduca e de todos os valentões da época.Também se destacando na malicia do soco, da banda e da rasteira, entre varias outras coisas. No entanto, se destacava dos outros pela sua frieza e calculismo, da inteligência que possuía em comparação aos seus companheiros (rufiões, gigolos, valentžes etc.).

Manduca era um capoeirista por conta própria, pois naquela época a capoeira, era muito perseguida pela policia e, para se ser capoeirista era mais seguro e racional, fazer parte de alguma gang, sendo que as mais fortes, eram os Nagos e os Guaiamus, que eram as que comandavam o Rio de Janeiro naquela época, bem semelhante as gangs do tráfico de hoje em dia. Porem o Manduca queria muito mais do que fazer parte de uma gang, coisa que poderia lhe atrapalhar em seus negócios, pois possuía uma banca de peixe e era guarda-costas de pessoas ilustres e, principalmente políticos. Nas eleições do bairro de São José, pintava o Diabo e, nos esfaqueamentos, ninguém possuía a mesma competência.

Devido a sua grande influencia, respondeu a 27 processos por lesões corporais leves e graves, e não foi punido por nem um, saindo-se totalmente ileso. Manduca ainda se tornou mais celebre, com a chegada do deputado português Santana que gostava de desafios de briga de rua, que era uma coisa semelhante ao vale tudo de hoje, só que não avia pontos e nem juizes, perdia aquele que fosse a lona ou pedisse arrego, sendo que o ultimo era negado algumas vezes.

Manduca foi então desafiado e foi o grande campeão, deixando Santana abismado com tanta destreza. Apos o combate, os dois saíram abraçados e foram tomar champanhe se tornando grandes amigos. Manduca da Praia era um campeão da Capoeira da época no Rio de Janeiro, uma Capoeira que não possuía musica ou qualquer tipo de instrumentos, era quase que uma briga de rua.

Manduca como dito anteriormente, era alto, claro barba pontuda ruiva e cabelos da mesma cor; nunca deixava de lado o seu casaco comprido e de tecido grosso e, uma corrente de ouro de que pendia o seu relógio também de ouro. Manduca levou uma vida com certas regalias, pois a sua banca de peixe, era um negocio que lhe rendia bons lucros.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011



Ai galera depois da roda vai rolar O CHÁ DE FRAUDAS, para o bebe que vai nascer do C.Mestre Eddy e de sua esposa Sandra.
Aos que queiram participar favor trazer um pacote de fraudas tamanhos P,M e G, e 1 litro de refrigerante.
Contamos com a sua presença.


Axé

sábado, 17 de setembro de 2011

As Músicas que faziam o jogo


A Capoeira é a única luta que é praticada ao som de instrumentos e cantos, que podem ser em forma de: ladainhas, quadras e corridos, narrando as vezes um lamento, uma oração, um aviso, uma reza, um agrado, um desafio, um elogio, um fato, uma história ou até mesmo uma ofensa.
    A música e a capoeira andam juntas. No entanto, essa interação, ainda hoje, é mais importante do que parece, mas nos registros históricos da capoeira, lá estava a música, seja servindo de disfarce para ocultar sua   prática, seja para animar os praticantes, ou mesmo para definir o ritmo e o estilo do jogo. Poderemos fazer umar roda sem pandeiro ou sem atabaque, mas sem oberimbau,  jamais será possível. Ele é o mestre dos mestres. Por isso, louva-lo e reverencia-lo, é obrigação de quem entra para o jogo.

LADAINHA: São cantigas de saudação no início do jogo de Angola, podendo ser um aviso, uma reza, um lamento, um desabafo, um agrado ou mesmo um desafio. Aí entra em destaque a sabedoria e a convivência dos ritmistas. São nas ladainhas que vamos contar histórias e acontecimentos ocorridos no passado mas geralmente só os mestres antigos é quem guarda na memória tantas músicas assim e são eles que conservam esta tradição, mas com a falta de outra pessoa para duelar pouco se realiza tal proeza.
QUADRAS: São versos que contam pequenos trechos da história da capoeira em seus diversos aspectos. "As quadras podem ser cantadas em qualquer toque como a Benguela"
CORRIDOS: São versos as vezes palavras, que o solista canta e o coro responde da mesma forma. Os corridos são executados normalmente, sempre, com o toque "São Bento Grande da Regional".
  Fonte/; http://capoeira_regional.vilabol.uol.com.br/

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Festa, capoeira, Frevo e Samba


Todos sabemos que a contribuição africana para a formação da cultura brasileira é imensa. Os africanos trazidos para cá como escravos, acabaram sendo os principais responsáveis por constituir algumas das características mais marcantes da nossa cultura: a musicalidade, a espontaneidade, a expressividade corporal e a criatividade presente nas mais variadas manifestações das culturas tradicionais de nosso povo.
FESTA, CAPOEIRA, FREVO E SAMBA Nesse sentido, a capoeira, o frevo e o samba, são três das manifestações de nossa cultura que reúnem essas características herdadas dessa ancestralidade africana. Essas expressões têm muita coisa em comum, mas principalmente, chama-nos atenção o fato de estarem sempre ligadas à festa: algo sobre o que, nós brasileiros, diga-se de passagem, entendemos muito bem.
O samba, que surge em nosso país em diversos locais, assumindo diferentes formas e sotaques, sempre esteve ligado à necessidade dos africanos e seus descendentes em festejar, dançar, cantar, beber e comer, enfim, compartilhar seus momentos de alegria, mesmo apesar do duro sofrimento a que eram submetidos no passado, e de certa forma ainda hoje no presente. A festa sempre fez parte do samba – e o samba da festa. Onde quer que se juntem pessoas nesse país para comemorar alguma coisa, o samba quase sempre se faz presente.
A capoeira, que se constituiu como uma estratégia de enfrentamento à violência do regime escravagista e do poder opressor em nosso país, teve como cenário de expansão e consolidação justamente as famosas “festas de largo” no início do século XX, em Salvador da Bahia. É justamente nessas festas populares - como Bonfim, Iemanjá e Conceição da Praia - que se inicia o processo de afirmação e aceitação social da capoeira através dos grandes mestres que começam a ganhar notoriedade nesses espaços, tais como os famososBimba, Pastinha, Noronha, entre outros.
E o frevo, que ao que tudo indica, surgiu a partir dos blocos carnavalescos do Recife e Olinda, no início do século XX, onde a rivalidade entre essas agremiações, fazia com que houvesse o enfrentamento entre elas, quando os caminhos se cruzavam durante a festa. Por isso, a necessidade de haver valentões dispostos a esses enfrentamentos - geralmente capoeiristas, que iam à frente desses cordões e, ao som das orquestras de metais e percussão, evoluíam com seus passos ágeis e coreografias bem desenhadas, dando origem à essa dança tão popular no carnaval de Recife e Olinda.
Percebemos então, que o sujeito social que freqüentava cada uma dessas manifestações era o mesmo, ou seja, o capoeirista era também o dançarino de frevo e vice-versa. Isso acontecia também com o sambista no Rio de Janeiro, que inclusive se vestia de forma muito parecida com o capoeirista da época: terno branco, chapéu de palha, lenço de seda no pescoço, e muitas vezes também a famosa navalha. Sem falar na perseguição policial que ambos sofriam, por serem tidos como vadios, marginais e capadócios.

Esses elementos nos dão pistas interessantes para tentarmos compreender o contexto social desse período histórico, onde esses sujeitos sociais: o capoeira, o sambista e o dançarino de frevo, compartilhavam do mesmo universo e transitavam com muita desenvoltura nesses ambientes, tendo como pano de fundo, justamente, a festa.
festa sempre teve lugar de destaque na cultura brasileira, e talvez isso explique um pouco do nosso espírito alegre, nosso bom humor e nossa postura otimista diante das dificuldades da vida. São nos espaços festivos que exercitamos nossa sociabilidade, nosso sentido comunitário, nosso compartilhar de dores e alegrias, nossa sentido de pertença e identidade. A capoeira, o samba e o frevo, são ótimos exemplos desse exercício de cidadania. São manifestações que possuem o forte poder de agregar pessoas em torno da celebração, do encontro e da valorização da vida.

Pedro Abib (Pedrão de João Pequeno) é professor da Universidade Federal da Bahia, músico e capoeirista, formado pelo mestre João Pequeno de Pastinha. Publicou os livros “Capoeira Angola, cultura Popular e o Jogo dos Saberes na Roda”(2005) e “Mestres e Capoeiras Famosos da Bahia”(2009). Realizou os documentários “O Velho Capoeirista” (1999) e “Memórias do Recôncavo: Besouro e outros Capoeiras” (2008). Fonte portal da capoeira


Documentário Mestre Pastinha





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Galera novo treino

Quadra do Fabio Caballero
As 19:30, todas as quartas- feiras

Aulas com o mestre Dentão
Treino aberto para todos os alunos

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Novo espaço de treinamento



                                    03 Agosto
                      Dia do Capoeirista   


Esse é o grande grito que devemos dar neste dia em que comemoramos o dia do capoeirista. Iê, para todos os capoeiras que acreditam ser através dessa luta-jogo-dança, uma das maiores armas já criadas pelo homem para libertação de seu ser, de sua criatividade e opressão de toda a neurose desenvolvida em nós através de sistemas autoritários de educação. Iê para a violência dos capoeiras que não sabem lidar com sua agressividade de forma equilibrada, tanto nas rodas de capoeira quanto na roda da vida.”Ser agressivo faz parte do ato de viver. É importante não confundir agressividade com violência. A agressividade reprimida é o que gera a violência. A vida é um constante ato de escolha, de opção, e usar a agressividade de forma natural e biológica significa buscar o que queremos”, significa termos atitude; sermos criativos; tomarmos iniciativa para realizarmos nossos desejos...”Cada vez que abrimos mão da realização dos nossos desejos, estamos reprimindo nossos impulsos, que mais tarde irão se transformar em atitudes de compulsão violenta.” (Roberto Freire- Somaterapeuta e escritor). O próprio Pastinha (considerado o pai da Capoeira Angola) dizia: “Capoeira é amorosa, não é perversa. É um hábito cortês que criamos dentro de nós.”
Parabéns a todas as escolas de capoeira que mantêm a sua essência ética e alegre. Felicidades aos capoeiras que têm a mesma como um estilo de vida, que sabem fazer dessa arte tão encantadora a razão do equilíbrio de suas emoções e de suas relações nesse mundo tão competitivo e violento.
A capoeira tem sido utilizada não somente como atividade física e diversão, mas também, como terapia para pessoas portadoras de deficiências neurológicas,  neuroses, dificuldades de aprendizagem, etc. Ela nos deixa mais felizes, belos, criativos, descolados, inteligentes, estrategistas, bem humorados, leves para amar; trabalhar,  brincar e viver.

Axé a todos os capoeirista



                                                                                                                                    Texto de Márcia Tôrres

terça-feira, 26 de julho de 2011


Apoio da Policia Militar de Ribeirão das Neves 

ao Grupo de Capoeira Guerreiros do Abaete


As relações entre a polícia e os jovens, sobretudo os jovens dos aglomerados e das periferias das grandes cidades, são conflituosas e quase sempre são baseadas em estereótipos, de parte a parte. O objetivo do apoio é reduzir estas barreiras através de apresentações de capoeira na região de Ribeirão das Neves juntamente com o apoio da Policia Militar, a iniciativa procura estabelecer um diálogo entre os jovens na cultura da capoeira e a cultura policial. Associado a este objetivo, o apoio busca produzir uma nova imagem da polícia, associada positivamente à cultura e à arte e dissociada dos estereótipos de violência e discriminação; e produzir uma nova imagem dos jovens moradores da região de Ribeirão das Neves dissociada dos estereótipos da criminalidade



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Não tem limites para aquele que faz tudo com AMOR

Exemplo de vida
A capoeira e algo tão nosso, tão brasileiro, tão maravilhosa, é um esporte que une o pobre, o rico,o branco, o negro e pessoas com necessidades especiais.
A capoeira e tão maravilhosa que infelizmente não tem o seu devido valor. 
A grandiosidade dela e tanto que se juntamos a força de vontade de um ser humano mais o amor pela capoeira, ela se transforma nesse maravilhoso vídeo. que sirva como exemplo para todos.



quarta-feira, 20 de julho de 2011

“A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria  e dividindo a nossa dor”.



Feliz dia do amigo!!!






sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que e MANDINGA



Cada ser encontra na capoeira sua mandinga.
A mandinga de cada um e única, cada um tem a sua seja qual estilo for...
Isso e capoeira 

sábado, 2 de julho de 2011

 
 Vai tirando a mão do meu patuá 





Nem quando eu quebro tú reza
Tô falando pra você
Seu que o seu olho é grande                               
Mas eu gosto é de viver
E vai tirando a mão do meu patuá
Que essa mandinga é forte vai te derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar                
Vai tirando a mão do meu patuá 
Oi o seu laco não me corta
Que não pode me cortar
Outro laco que meu cobre
Tambem no mesmo lugar
Oi vai tirando a mão do meu patuá
Essa mandinga é forte vai te derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar
Vai tirando a mão do meu patuá 
Ora mamãe diga pra mim
Cuidado pode voltar
Sou marcado pela palha
Que da nome ão Orixá
Vai tirando a mão do meu patuá
Que a mandinga é bem forte vai te derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar
Vai tirando a mão do meu patuá 
Oi eu vou lhe encontrar na volta, ai meu Deus
Porque volta o mundo dá
E quem hoje está por cima
Amanhã não estará
Oi vai tirando a mão do meu patuá
Essa mandinga forte vai lhe derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar
Vai tirando a mão do meu patuá 
Oi sua mãe é traicoeira
Mas não pode me ajudar
Na roda de capoeira
Tenho história pra contar
Oi vai tirando a mão do meu patuá
Que essa mandinga é forte vai te derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar
Vai tirando a mão do meu patuá 
Eu tenho até dias de nobre
E luto com ferro e bala
Quero que você se dobre
ão guerreido da Senzala
Vai tirando a mão do meu patuá
Esa mandinga forte vai lhe derrubar
Vai tirando a mão do meu patuá
É do meu patuá, é do meu patuá
Vai tirando a mão do meu patuá 
A mandinga é bem forte pode lhe matar
Vai tirando a mão do meu patuá 

AUTOR -Mestre Peixinho




sexta-feira, 1 de julho de 2011

Olá galera do Guerreiros do Abaete
Neste sábado dia 02/07 vai ter uma roda na Escola M.Maria da Cruz as 10:00, nesta roda vai ser tirado fotos p/ a divulgação do projeto escola aberta no blog do guerreiros do Abaete.
Tem que comparecer com a camisa do grupo ou com a camisa do projeto escola aberta.
Vamos da esta força para o Crhomado e para o blog ok

Axé

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alunos do C.Mestre Eddy

Alunos do C.M.Eddy 
Não se esqueçam de comparecer no treino de quarta feira pois o Eddy necessita falar urgente com todos você.

axé

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Agradecimento a C.Mestra Sereia

O grupo guerreiros do Abaete agradece a C.Mestra Sereia pelo convite e pela recepção calorosa em seu evento, nossas portas estarão sempre aberta a você e a seus aluno.
Axé

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Roda do mes

Olá amigos do grupo Guerreiros do Abaete, neste sábado dia 25/06 as 15:30 teremos a roda do mes na quadra poliesportiva do conjunto do Veneza.
Ônibus 6260  Veneza, pode ser pego no ponto da rua Oiaque ou na via expressa sentido Sete Lagoas.
Venha somar conosco,contamos com a presença de todos.
Axé sempre.